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domingo, 27 de março de 2011


Num sonho agitado
mal dormido
me vejo indo 
te ver partindo
grito - só
te chamo
surpreso 
você me vê
vem vindo 
saindo da multidão feliz
que vai embora com você.

Tive medo
do seu medo
meu gesto ficou tolhido
na consciência
do meu ato impulsivo
de te ver partindo
no íntimo
recentes antigas
ativas formas
demonstrativas
de amar.

Você não podia ter ido
o que nem começou
hoje é findo
e o sonho continua
eu decido
me despeço
finjo que me vou
você escapa
pela escada
se, sem olhar
para o atrás que me traz 
você na descida
te olho de longe
te vejo distorcido
não sei se mais amigo
ou amor doído
me desprezo, desespero 
por nada ter dito
nessa despedida sem adeus
você levanta voo
te vejo cada vez mais longe de mim
mais perto da sua vida
de novo te espero?

Se tudo ficará na lembrança,
por que meus olhos ardem?

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