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sábado, 14 de abril de 2012



Ora,  lá  vem  você  falar  da  solidão  do  homem  perdido  na  multidão
sem  rosto da  metrópole,
esmagado  à  sombra  dos  prédios  de  cinquenta  andares
limitado  a  perambular  entre  os a utomóveis.
Essa  solidão  estatística
desconhece  o  peso  dos  fantasmas,
ignora  o  amor  sem  intimidade,
não  mede  os  limites  de  um  quarto  vazio.
A  pior  solidão  não  é  a  do  abandono
mas  do  que  falta  ao  lado,
e, principalmente,
dentro.