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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O valor da dedicação ao trabalho


Na noite da última terça-feira tive uma oportunidade e um privilégio: conhecer Marina Colasanti. Após o trabalho rumei para o Colégio Sagrado Coração de Jesus onde aconteceria mais um Sempre Um Papo, depois de enfrentar um trânsito maluco caminhei algumas quadras tranquilamente, apesar da chuva. Enquanto caminhava, percebi uma transparência especial no ar daquela noite, ao chegar ao Colégio e penetrar seu espaço, havia uma quietude e silêncio, bastava uma pessoa adentrá-lo para sentir-se imersa em uma vibração de harmonia e contentamento. Segui caminhando com reverência e cada local parecia mergulhado naquela aura de luminosidade sutil.

A vida nos oferta pequenos momentos tão simples, que às vezes nem percebemos sua relevância, aliás, a simplicidade é característica de todas as situações que nos oferece oportunidades de provar a atuação de uma energia como a que pude perceber. Daí a importância de nos manter em constante atenção e receptividade, pois todas as circunstâncias, das mais comuns às mais inusitadas, trazem consigo o ensinamento perfeito para cada momento.

O ensinamento da noite era o valor da dedicação ao trabalho. Por uma “coincidência”, Marina Colasanti lançava seu primeiro livro de memórias, Minha guerra alheia, num espaço que iniciou a comemoração de seus 100 anos e o Sempre Um Papo, que promove esses encontros primorosos, através de seu idealizador Afonso Borges, completa 25 anos de árduo trabalho.


Eu estava ali, como uma espectadora dos acontecimentos, porém, não pude deixar minha percepção guardada no fundo do armário ou mesmo na bolsa que trago sempre comigo. Estava ali, porque quando soube da vinda de Marina a Belo Horizonte para o lançamento de seu livro, só tive o pensamento voltado para a única pessoa que era possível naquele instante, minha amiga Fátima. Estamos em fase de conclusão de nosso curso na faculdade, com nossas monografias aprovadas, aguardamos a última etapa que é a apresentação do trabalho. Acompanhamos as atividades uma da outra e Fátima, escreveu um capítulo de sua monografia relacionado ao trabalho de Marina e como essa gentilmente, havia respondido a um e-mail enviado, acabou ganhando a mais completa admiração, além da que já possuía. Enxerguei nessa vinda, a oportunidade que Fátima esperava para entregar o trabalho completo e impresso à premiada escritora e quando disse que a oportunidade chegara, ela quase não acreditou. O fato é, através do Rafael Araújo, que já trabalhou anos no Sempre Um Papo e hoje dedica-se de corpo, alma e coração inteiro à sua Árvore de Comunicação, o encontro entre Fátima e Marina, aconteceu. E que bonito! Marina delicada, gentil, generosa e atenciosa, a recebeu de braços abertos, juntamente com o respeito e simplicidade por ter alguém em sua frente que se dedicou à tarefa de realizar um trabalho bem feito.


Houve carinho, gestos de delicadeza e até, pequena pausa para foto. Após o encontro emocionante, acompanhamos embevecidas as palavras de Marina Colasanti, que falou de seu novo livro, do seu processo de criação, de seus vários ofícios de mulher, mãe, artista plástica, jornalista, publicitária, entre tantos outros papéis que costumam desempenhar as mulheres admiráveis, ao final, ainda ouvimos uma de suas belas “histórias” contada a pedido de um “Menino de coração inteiro”.



Pelo valor e dedicação ao trabalho que nos proporciona momentos dessa natureza, não tenho palavras para descrever a dimensão desse mesmo trabalho, mas posso dizer que quando a luz dessa certeza brota em nós, floresce também a paz interna que passa a nos habitar e, ainda que experimentemos externamente reações a fatos e acontecimentos, essa paz permanece, incessante, inquebrantável, como um céu sempre estrelado mesmo por detrás de nuvens.



4 comentários:

  1. Anna,
    sem a sua generosidade e a disponibilidade de Rafael, esse encontro não teria acontecido.A emoção ao encontrar-me com Marina Colasanti foi indescritível e a simplicidade da autora me encantou!
    Obrigada por tudo!
    Um abraço.
    Fatinha.

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  2. Annynha,
    voce sabe que eu sou uma chorona, né? mas sabe que só me emociono com coisas que tocam meu coração
    e aí, vale tudo, vale novela, vale histórias tristes, vale histórias felizes, vale encontros e desencontros e vale um texto bem escrito, cheio de emoção contida.
    obrigada por esta leitura.
    bjs

    Helena Aranaud

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  3. Eiii Annynha!!!
    Muito legal mesmo!!!
    Adorei a simplicidade da Marina e o encontro neh!
    Pq sei como fazer uma monografia é dificil... e qndo podemos ter essas surpresas boas, fica otimo!
    Adorei!
    bjus...

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