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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Lembranças


Lembro-me de ti
na noite do temporal
como se fosse um oásis de esperanças


Lembro-me de quando te vi
eras mais um passageiro
no mesmo autocarro
que ao meu lado
lutava para chagar ao fim da viagem


Lembro-me de ti
quando a aragem serena
me trouxe o perfume suave do teu corpo


Lembro-me que quando ouvi a tua voz
ela me pareceu mais um grito na multidão
atribulada e ululante
na vida agitada da cidade
na espera da conquista do dia seguinte


Lembro-me de ti
da doçura do teu olhar
ardente na gota de cada pupila


Lembro-me que quando olhei de frente o teu rosto
os teus olhos firmes
mágicos, serenos, magnéticos
me pareceram duas estrelas luminosas
a inundarem de luz o firmamento


Lembro-me de ti
quando após acalmar meus ânimos
me pareceste raio de luz a romper a noite escura


Lembro-me quando te tornaste canção
amigo, companheiro
assumiste dimensão humana
caminhando lado a lado, estrada além
em rumo nunca sonhado, mas ilusão.


Lembro-me de ti...

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